terça-feira, 12 de outubro de 2010

CBTKD – Afastamento do Presidente e Diretores da Entidade na Mídia

CBTKD – Afastamento do Presidente e Diretores da Entidade na Mídia

Confederação Brasileira de Taekwondo afasta presidente e investiga irregularidades
Responsável por uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, o taekwondo brasileiro está passando por um momento de crise. Na última semana, o presidente da confederação brasileira da modalidade, Jung Roul Kim, foi afastado por uma assembleia extraordinária das federações estaduais acusado de gestão temerária.

“Convocamos a assembleia, conforme determinação das federações, por conta de uma suspeita de algumas irregularidades”, explicou o presidente em exercício, Carlos Fernandes, ao UOL Esporte. “Os presidentes dos estados assumiram a frente da reunião e decidiram pelo afastamento por 90 dias para que fosse feita uma sindicância.”

Agora, a Confederação Brasileira de Taekwondo está passando por uma investigação interna que tem prazo máximo de 90 dias para ser concluído. Segundo o atual mandatário, dificilmente Jung Roul Kim voltará ao cargo. “Logo na assembleia já foram apresentados documentos, muitas provas. Ele teve direto de defesa, mas mesmo assim houve o afastamento.”

“A situação dele está muito complicada. Vai ter de se explicar muito. No dia da reunião, já tínhamos conhecimento de algumas coisas, mas agora estamos descobrindo muitas outra, principalmente depois que pegamos os computadores. A auditoria esta cuidando disso e está caminhando muito bem”, completou.

Carlos Fernandes não quis revelar o teor das irregularidades, para não atrapalhar as investigações, mas acredita que a sindicância deverá ser concluída em até 30 dias. Depois disso, uma nova assembleia será convocada para decidir o futuro de Kim, que foi procurado pela reportagem do UOL Esporte, mas não atendeu o telefone.

Se o mandatário for afastado definitivamente, Fernandes, como vice-presidente eleito, será efetivado no cargo e concluirá o mandato, que começou apenas em 2009 e vai até março de 2013, quando acontecerá uma nova eleição geral na entidade.


Fonte: UOL Esportes

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Presidente da Confederação de Taekwondo é afastado do cargo

Em assembléia com membros de 25 federações do país, realizada na última semana, a diretoria da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) resolveu iniciar uma auditoria interna e afastar o presidente Jung Roul Kim por suspeita de fraude e irregularidades no comando da entidade. Além do sul-coreano, que foi vice-presidente por 20 anos e assumiu o novo cargo há um ano e meio, outros dois membros da diretoria foram afastados: o diretor financeiro, Nilber de Souza, e o diretor técnico, Flavio Bang.

Kim terá 90 dias para armar sua defesa e apresentá-la em uma nova assembleia. Carlos Fernandes, atual presidente em exercício, no entanto, não acredita no retorno do sul-coreano. Segundo ele, a auditoria já conseguiu reunir documentos suficientes para comprovar irregularidades da gestão.

- Foram apresentados documentos, duplicatas e recibos que mostram um superfaturamento. Na verdade, confesso que não posso falar muito sobre isso, para não atrapalhar a auditoria. Mas as irregularidades foram apuradas e por isso foi pedido o afastamento, para que não atrapalhe. Contratamos uma empresa que já está fazendo a auditoria. Bloqueamos os computadores, já assumimos. Já temos documentos suficientes. Quando apresentamos na assembleia, já tínhamos provas das irregularidades, que eram várias. Tanto que foi uma votação unânime – disse Fernandes, que ocupava o cargo de vice-presidente.

Esta é a primeira vez que um brasileiro assume a presidência da confederação, antes sempre comandada por sul-coreanos. Fernandes garante que o caso não prejudicará federações ou atletas.

- Eu não vou deixar. Pelo contrário, vai melhorar. Já seguramos os possíveis parceiros, patrocinadores. Está tudo sob controle. Já conversamos com todos, inclusive com o COB, e está tudo andando bem.

De acordo com o presidente em exercício, foram os membros das federações, insatisfeitos com a gestão de Kim, que solicitaram a assembleia. Segundo o estatuto da modalidade, o vice-presidente assume o cargo automaticamente caso o presidente o deixe antes do fim do mandato. As próximas eleições estão previstas para março de 2013.


Fonte: Globo Esportes

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Avaliação física: saiba como anda a sua equipe

Avaliação física: saiba como anda a sua equipe.

[ por Gilson Brun ]


Você sabe como a sua equipe chegou ao fim do ano em relação à preparação física?
Que parâmetros você utiliza para averiguar se o seu treinamento deu certo? Você se baseia somente nas vitórias ou faz um acompanhamento periódico?
Existem dados do desenvolvimento físico dos seus atletas neste ano que está acabando para que possa analisar os resultados que obteve?

MEDIDA OU AVALIAÇÃO?

Segundo Mathews (1980), medida é o principal meio para se obter informação. Tanto numa situação complexa como numa situação simples, a medida fornece através de processos precisos dados quantitativos que exprimem as qualidades que se deseja medir.
Já a avaliação implica julgamento, estimativa, classificação e é um processo pelo qual, com base nas medidas, pode-se exprimir e comparar critérios. A avaliação julga o quanto foi eficiente o sistema de trabalho adotado.

MONTANDO A BATERIA DE TESTES

Antes de montar a bateria de testes que vamos aplicar em nossa equipe, devemos responder a uma simples pergunta: O que vamos medir? Quais são as valências físicas importantes no nosso esporte?

Devemos também levar em consideração alguns aspectos referentes aos testes:
Padronização - O teste deverá ter instruções claras e precisas para que qualquer pessoa possa aplicá-lo sem problemas.

Confiabilidade ou fidedignidade - Refere-se à consistência da medição de qualquer teste dado. Ou seja, se num teste feito com um grupo de pessoas obtemos determinado resultado, devemos chegar a esse mesmo resultado se o teste for repetido com esse grupo em outra ocasião. Subentende-se, naturalmente, que nesse meio tempo não se fez nada que causasse no grupo qualquer alteração qualitativa em relação ao fator a ser medido.

Validade - O teste deve medir o que é destinado a medir.
Objetividade - O teste deve produzir resultados consistentes mesmo quando aplicado por pessoas diferentes.

Viabilidade - O teste deve ser prático, atendendo à disponibilidade de local e material.

Normas - O teste deve fornecer meios de comparação, como escalas, médias, desvios-padrão, etc.

A ESCOLHA DOS TESTES

Geralmente, o propósito de realizar testes é obter informações quantitativas que possam propiciar uma avaliação do desempenho de cada atleta após determinado período de tempo e também comparações entre os atletas.
Os testes caracterizam-se pela realização de uma tarefa, conduzida em um ambiente que procura simular situações capazes de solicitar predominantemente determinada capacidade.

Testes que envolvem resistência cardiorrespiratória

A resistência cardiorrespiratória é a capacidade do organismo humano de suprir aerobicamente o trabalho muscular, associada à capacidade dos tecidos de utilizar o oxigênio na sustentação do esforço físico intenso e de duração mais ou menos prolongada, em que a energia necessária para a realização desse exercício provém principalmente do metabolismo oxidativo.

Qualquer teste idealizado para solicitar progressivamente maior gasto energético e que exija um esforço físico por um tempo suficientemente longo deverá produzir informações quanto à resistência cardiorrespiratória. Contudo, ao se admitir que a resistência cardiorrespiratória deverá refletir a capacidade do indivíduo em transportar oxigênio associada à sua utilização em nível muscular, tem-se de levar em conta que seus índices variam, dependendo do tipo de atividade que provocou o esforço físico e os grupos musculares envolvidos.

Exemplos de testes que medem a resistência cardiorrespiratória:
1. Teste de 12 minutos ou de Cooper
2. Teste dos 2.400 metros
3. Teste da caminhada de 1.600 metros
4. Teste de Astrand
5. Teste de Harvard
6. Teste de Balke

Como nos testes de resistência cardiorrespiratória o atleta pode atingir esforço máximo, é importante que ele seja antes submetido a um exame médico para avaliar sua condição de saúde em função do esforço que lhe será exigido.

Testes que envolvem força/resistência muscular

Se definirmos força como o nível máximo de tensão que pode ser produzido por um grupo muscular e resistência muscular como a capacidade desse mesmo grupo em manter os níveis máximos de força por determinado período de tempo, as tarefas para a avaliação dessas capacidades serão semelhantes, mas com ênfases diferentes.
A força muscular é, das valências físicas, uma das mais importantes, pois é ela indispensável na realização de qualquer tipo de movimento, do mais elementar ao mais complexo. Já a resistência muscular localizada (R.M.L.) é muito importante para a manutenção e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
O Teste de Peso Máximo (T.P.M.), também chamado de Teste de Repetição Máxima, (1.R.M.) é o mais conhecido (e discutido) para se medir a força.

Podemos medir a R.M.L. de três formas, dependendo da variável a ser observada:
a) Fixa-se o tempo e mede-se o número de repetições executadas nesse tempo.
b) Fixa-se o número de repetições e controla-se o tempo necessário para executá-las.
c) Conta-se o número máximo de repetições executadas até a exaustão, de forma contínua.

Como exemplos temos:
1. Apoio de Frente sobre o Solo (Flexão de Braço)
2. Teste de Abdominal
3. Puxada na Barra Fixa
4. Suspensão na Barra Fixa


Testes que envolvem flexibilidade

Entende-se como flexibilidade a capacidade de uma articulação realizar movimentos de uma posição em extensão para uma de flexão e vice-versa, medindo-se o grau de amplitude de movimento dessa articulação.

A flexibilidade pode ser medida de três formas:
a. Medida angular - Mede-se a flexibilidade por meio de instrumentos específicos, como o goniômetro e o flexômetro, que nos fornecem os valores em graus. Contudo, ao utilizarmos esses aparelhos não podemos ignorar o aparecimento de alguns problemas metodológicos que podem prejudicar a medição.
b. Medida linear - Com trenas metálicas ou réguas, mede-se a flexibilidade pela distância de um ponto do corpo a um ponto de referência. O melhor exemplo para sabermos a medida linear é o teste de "sentar e alcançar", de Wells, também conhecido como Teste do Banco de Wells.
c. Medida admensional - Mede-se a flexibilidade através de valores dados às observações feitas pelo avaliador sobre as amplitudes dos movimentos realizados. Um dos testes utilizado é o Flexiteste de Pavel e Gil.


Testes que envolvem velocidade

Entende-se velocidade como a capacidade de realizar movimentos sucessivos e rápidos, de um mesmo padrão, no menor tempo possível. A avaliação da velocidade tem provocado alguns questionamentos, pois tem uma grande relação com testes que evidenciam outras capacidades, como a potência e a agilidade.

Existem dois tipos de velocidade:
a. Velocidade de reação - É a capacidade que o indivíduo tem de responder a um estímulo o mais rápido possível. Para medir esse tipo de velocidade, existe, por exemplo, o teste da régua.
b. Velocidade de deslocamento - É a capacidade que o indivíduo tem de se deslocar de um ponto a outro no menor tempo possível. O teste que utilizamos para medir esse tipo de velocidade é o da corrida de 50 metros. Cabe ressaltar aqui que ele deve ser adaptado a cada modalidade desportiva. Por exemplo: a distância a ser percorrida pode ser de 20 metros.


Testes que envolvem potência

A potência é a capacidade de realizar um esforço máximo no menor tempo possível. Também denominada algumas vezes de força explosiva, representa a relação entre o índice de força apresentado por uma pessoa e a velocidade com que ela realiza o movimento.
Normalmente, a potência é aferida através de um único movimento. Entretanto, podemos medi-la através do número de repetições que o indivíduo consegue realizar em um tempo muito reduzido (de 5 a 10 segundos, no máximo).

Exemplos de testes para medir a potência:
1. Sargent Jump Test ou Teste de Impulsão Vertical
2. Arremesso de Medicine-Ball
3. Salto Longitudinal ou Teste de Impulsão Horizontal


Testes que envolvem agilidade

Agilidade é a capacidade que o indivíduo tem de realizar movimentos rápidos com mudança de direção e sentido.
A força, a velocidade e a flexibilidade são alguns dos fatores que influenciam na agilidade.

Exemplos de testes que medem a agilidade:
1. Teste Shuttle Run
2. Teste da Sinuosa
3. Teste das 3 Faixas


Depois dessa coletânea de testes, resta a você, treinador, marcar no seu planejamento uma data específica para fazer a primeira avaliação e depois, periodicamente, as reavaliações. Os dados servirão para você analisar se o seu treinamento está indo bem ou não.

domingo, 1 de agosto de 2010

Já ouviu falar de Odontologia Desportiva ?

Odontologia Desportiva

[ pelo Dentista Hélio Cano ]


A odontologia desportiva é ainda pouco divulgada, não sendo uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia, mas sua importância é enorme, pois uma dor na boca pode significar muito mais que uma dor na vida de um atleta, ela pode ser a causa do fim da carreira, porém exames simples e rotineiros podem evitar tal problema.

Os esportistas exigem muito do seu físico e por isso devem ter maiores cuidados com a sua saúde e a saúde bucal não pode ficar de fora deste conjunto.

O rendimento de um atleta pode diminuir por vários motivos:

.Má oclusão (engrenamento de dentes), gera problemas de mastigação, podendo prejudicar a absorção de nutrientes, bem como desequilíbrios musculares
.Dor e desconforto, são suficientes para prejudicar o desempenho e a concentração. Uma simples dor de dente pode fazer a diferença numa prova decisiva.
.Foco infeccioso na boca-Pode se espalhar através da corrente sanguínea, provocando riscos ao coração (endocardite), lesão nas articulações e dificuldade de recuperação das lesões musculares. Um canal aberto significa 17% de queda no condicionamento.
.Respiração bucal. O rendimento físico de um atleta pode ser 21% menor quando comparado com um que respira pelo nariz.
.Hábitos viciosos (Roer unhas e ranger dentes). Abrasão dental e desequilíbrio muscular.


Segundo a National Youth Sports Foundation, cerca de 5 milhões de dentes são perdidos por ano em atividades esportivas.
Segundo a ADA (American Dental Association), pelo menos 200 mil traumas são evitados fazendo-se uso de protetores bucais. O uso destes aparelhos reduz em até 80% o risco de trauma dental.

Cada esportista envolvido em um esporte de contato tem 10% de chance de desenvolver um acidente dental ou oral sem o uso do protetor bucal personalizado e o risco de sofrer um ferimento nos dentes aumenta mais de 60 vezes.

Sendo bem adaptado, o protetor bucal não atrapalha a respiração do atleta, possibilitando uma fala fácil e a ingestão de líquidos sem que precise tirá-lo da boca.

O protetor bucal dura em média um ano, antes e após o uso deve ser lavados em água corrente e armazenados em estojos próprios.

Muitas pessoas que apresentam dores nas costa são tratadas pelo médico como problema muscular, sendo que a causa pode ser odontológica. Neste caso, a dor não melhora e o atleta e o médico não entendem o porquê da não recuperação.

Quando uma pessoa tem um problema na boca, pode levar até duas vezes mais tempo para se recuperar, pois o sistema de defesa do organismo ficará dividido entre a lesão da boca e a física.

Por isso, ir ao dentista regularmente deve ser incluído no processo de preparação de um atleta, para que este tenha sempre as melhores chances de conseguir um excelente desempenho durante as competições.

sábado, 12 de junho de 2010

CURSO GRATUITO - O quê e como ensinar Educação Física na escola

PROGRAMAÇÃO


*17/06/10 QUINTA FEIRA (Noturno) - Palestra de Abertura
Horário das 19h às 22h
Tema: “O quê e como ensinar Educação Física na escola”.
(Apresentação dos dados da pesquisa, abordagem e debate do tema)
Profa. Dra.Vilma Nista-Piccolo
Profa. Dra. Eliana de Toledo


*18/06/10 SEXTA FEIRA (Matutino/Vespertino) – Oficinas Temáticas
Horário 8h às 18h30
OFICINAS TEMÁTICAS

8h às 10h
SITUAÇÕES – PROBLEMA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Prof. Ms. Ivan de Souza
Proa. Dda. Luciene Farias de Melo

10h30 às 12h30
JOGOS
Profa. Mda.Cássia Hess
Prof. Diogo Rorato

DANÇAS
Profa. Alessandra Barreto
Profa. Mda.Elaine Russo
Profa. Ms. Rose Maria

ESPORTES ALTERNATIVOS
Profa. Mda. Fabiana Ramiro
Profa. Elizabete Ferreira
Prof. Raphael Lopes

14h às 16h
ESPORTES DE AVENTURA
Prof. Ms. Dimitri Wuo
Prof. Mdo. Igor Armbrust

GINÁSTICAS
Profa. Mda. Elaine Almeida
Profa. Dda. Eliana Toledo
Profa. Ms. Larissa Teresani

LUTAS
Profa. Tatiana Ventura
Profa. Thaís de Carvalho

16h30 às 18h30
CONHECIMENTOS SOBRE CORPO
Profa. Ms. Alessandra Monteiro
Prof. Mdo. Mesaque Correia

Limite de vagas: 40 por oficina

*19/06/10 SÁBADO (Matutino) - Palestra

Horário 8h às 10h
Tema: “Possibilidades de Avaliação em Educação Física na Escola”.
Profa. Dda. Luciene Farias
Profa. Dra. Vilma Leni Nista-Piccolo

*19/06/10 SÁBADO (Matutino) – Encerramento
Horário: 10h30 às 12h30
Profa. Dra. Vilma Leni Nista-Piccolo e todos os professores responsáveis pelas oficinas.

• Empresa Responsável pela organização

Organizadores: Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física Escolar (Gepefe).

INCRIÇÕES GRATUTIAS ( LIMITE DE 40 VAGAS )
http://www.usjt.br/informacoes/progamacao_edfisica_escola.php

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Meio milhão de docentes dá aulas sem formação ideal

Portal Aprendiz, 07/06/2010
Meio milhão de docentes dá aulas sem formação ideal

Meio milhão de professores da educação básica ensina, nas salas de aulas da rede pública brasileira, disciplinas sobre as quais não aprenderam durante o curso superior. Nos mais variados colégios brasileiros, profissionais formados em matemática dão aulas de física e professores de educação física dão aulas de biologia, por exemplo.

Eles representam quase um quarto dos 1.977.978 educadores dessa etapa. Dados do Censo Escolar 2009 tabulados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelam que pouco mais da metade (53,3%) dos professores que atuam no ensino médio na rede pública têm formação compatível com a disciplina que lecionam.

O total é de 366.757. Nas séries finais do ensino fundamental, etapa na qual as matérias começam a ser dadas por professores de áreas específicas, a proporção é ainda menor: 46,7% de 617.571 docentes. O levantamento feito pelo Inep considerou apenas a inadequação dos professores que já possuem diploma de curso superior. A quantidade de docentes que atua nos colégios brasileiros sem ter freqüentado uma universidade também é grande: 152 mil, como divulgou o iG. Os números revelam que a maior distorção está na área de exatas, na qual os profissionais formados nos cursos de licenciatura do País são insuficientes para suprir a demanda.

Segundo o censo, nas séries finais do ensino fundamental, apenas 5% dos professores de física têm licenciatura na área. Em química, apenas 10,4% dos docentes têm formação adequada. Em biologia, 16,4%. Mesmo em língua portuguesa, a disciplina dessa fase que mais possui professores com formação adequada para o ensino da matéria, os qualificados não passam de 65% do quadro de profissionais da área. No ensino médio, as áreas que “lideram” as estatísticas da inadequação entre diploma universitário e matéria dada em sala de aula são um pouco diferentes do fundamental. Além da física, em que apenas 25,1% dos docentes que lecionam a disciplina têm formação na área, em química, 28% dos profissionais dão aulas sem qualificação adequada. Faltam também professores especialistas de língua estrangeira e de educação artística, por exemplo.


Carlos Eduardo Sanches, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), afirma que a realidade preocupa os gestores.

“A formação dos professores tem tudo a ver com a qualidade de ensino. Não há como pensarmos em melhorar a educação sem investirmos nisso”, afirma. Um estudo feito pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com base nos dados do Censo Escolar de 2007, mostra que os Estados com maior número de professores sem formação adequada (incluindo aqui os docentes leigos que atuam nas redes) são os que têm pior desempenho do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O presidente da Undime, que é secretário municipal de Educação na cidade de Castro, no Paraná, d iz que os dirigentes são “obrigados” a contratar profissionais sem a qualificação ideal. Ele conta que, quando começou a gerenciar o sistema educacional de Castro, em 2005, 43% dos professores não tinham curso superior. Hoje, o número caiu para 28%.

“Ainda hoje contratamos professores que só possuem ensino médio porque existe uma lacuna muito grande a ser preenchida. Faltam professores nas áreas de biologia, química, física. Mas, junto a isso, investimentos em formação. Os que não têm graduação vão para a universidade e os que têm fazem pós. Temos de fazer um planejamento a longo prazo”, pondera. Para isso, reforça Carlos Eduardo, a União precisa investir mais recursos em estados e municípios.

Professora eventual da rede pública de Santos, litoral de São Paulo, Daiane Santos ainda não terminou a faculdade e já enfrenta as dificuldades da profissão. Prestes a se formar em história, ela passa a semana preparando aulas de matemática para os alunos do 7º ano do ensino fundamental. Ao passar no conc urso para temporários, Daiane teve de procurar por vagas ociosas de professores efetivos para conseguir dar aulas. Só conseguiu em matemática, na qual a escassez de profissionais é grande. “O professor que seria o ‘dono’ dessas aulas está em licença e deu a entender que não deve voltar neste ano. Então eu devo continuar com as aulas dele”, conta.

Para preparar o conteúdo, ela se vale do fato de ter concluído o ensino médio há poucos anos. “Não estou tendo dificuldades para rever as matérias e ensinar. Meu problema, às vezes, é com alunos que rejeitam o fato de eu ser professora substituta e acham que não precisam fazer os exercícios, mas até isso eu consigo contornar”, garante.

Jussara Regina Avele Knopik leciona matemática para turmas de 2º e 3º anos do ensino médio há quatro anos. Concursada para trabalhar 40h na rede estadual do Paraná, ela também é escalada para atuar como professora de física. As aulas de física, como conta, sempre “sobram” na escola, por falta de professores. Como gosta do assunto, ela procurou fazer novos cursos para aprender mais do que o estudado na faculdade, onde teve aulas de f&i acute;sica por quatro semestres. Ela já fez cinco, incluindo um em astrofísica, oferecido pelo MEC em parceria com o Observatório Nacional. “Quando tiver mais tempo, quero fazer um curso de ensino a distância na área”, afirma.

Veridiana Dias, de Arealva, interior de São Paulo, também é professora temporária. Por causa disso, não escolhe a aula que é capacitada para dar. Quando a escola da rede estadual que a contrata chama, ela tem de lecionar o que vier. “Eu moro perto da escola e, às vezes, eles me ligam no horário da aula porque o professor faltou e não avisou com antecedência. Tenho de ir com a cara e com a coragem, sem ter tempo de me preparar”, conta a docente, formada em letras, com habilitação em português e espanhol, e que já teve de lecionar física, sociologia e inglês. A experiência tem sido tão desagradável que Veridiana, mesmo tendo passado no concurso para efetiva, pensa em deixar a carreira na rede pública em breve. “Estou fazendo pós-graduação em espanhol e preten do trabalhar com empresas ou na rede particular”, lamenta. (IG)

Simpósio de Estudos Avançados em Ciência e Tecnologia em Esportes - Unicamp

Simpósio de Estudos Avançados em Ciência e Tecnologia em Esportes
Agência FAPESP – A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizará, no dia 17 de junho, o Simpósio de Estudos Avançados em Ciência e Tecnologia em Esportes, em Campinas (SP).

O evento pretende debater as principais tendências científicas aplicáveis ao esporte, com a participação de especialistas nas áreas de educação física, biologia, computação e engenharia.

Entre os conferencistas confirmados está Pietro Cerveri, do Departamento de Bioengenharia do Instituto Politécnico de Milão (Itália), que abordará o tema “Ciência e tecnologia em esportes: perspectivas metodológicas para análise de movimentos humanos”.

“Visão computacional em esportes”, “Ciência e tecnologia na preparação de atletas olímpicos”, “Biomecânica do esporte: contribuições e desafios”, “Bioquímica do exercício no esporte de rendimento” e “Ciência e tecnologia na preparação de atletas paraolímpicos” serão alguns temas em debate.

O evento será realizado no Centro de Convenções da Unicamp.

Mais informações: www.gr.unicamp.br/ceav/evento_esportes_pietro-cerveri.html

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Brasil tem representante no SportAccord Combat Games



Brasil tem representante no SportAccord Combat Games

Diogo Silva está confirmado para participar do SportAccord Combat Games, que será realizado em julho e agosto próximos em Pequim, China.

Além de Diogo, Natália Falavigna também foi convidada, mas preferiu não participar por estar se recuperando da cirurgia no joelho.

Este evento contará pontos para o Ranking Mundial da WTF. Neste evento participarão apenas atletas convidados.

CRITÉRIOS PARA RANKING E SELEÇÃO PAULISTA.

CRITÉRIOS PARA RANKING E SELEÇÃO PAULISTA.

Conforme regulamento do Ranking e Seleções da FETESP, vimos esclarecer os critérios para formação das Seleções Paulista que Disputarão o Campeonato Brasileiro nas categorias Infantil, Junior, Adulto e Sênior.


Sistema de Pontuação do Ranking 2010 em individual:
CAMPEONATO PAULISTA (por etapa)

1º lugar....10 pontos
2º lugar.....7 pontos
3º lugar.....6 pontos
4º lugar.. ..5 pontos
5º lugar.... 4 pontos
6º lugar.... 3 pontos
7º lugar.... 2 pontos
8º lugar..... 1 ponto


Campeonatos Oficiais (Taça FETESP, Copa São Paulo e São Paulo Open):

1º lugar.....7 pontos
2º lugar.....5 pontos
3º lugar......3 ponto


Campeonatos chancelados ou abertos reconhecidos pela FETESP

1º lugar.....5 pontos
2º lugar.....4 pontos
3º lugar......3 ponto

Para efeito de título de CAMPEÃO PAULISTA, será o atleta que somar mais pontos na mesma categoria, independente da quantidade de etapas que participou.

Para integrar a Seleção Paulista que disputará o Campeonato Brasileiro nas categorias Infantil, Junior, Adulto e Sênior, serão convocados os atletas que somarem mais pontos, tendo participado obrigatoriamente em três etapas na mesma categoria.

CRITÉRIO PARA FORMAÇÃO DA SELEÇÃO PAULISTA 2010


No final de 2009 tivemos a mudança da divisão Junior da FETESP e no inicio do ano de 2010 da categoria infantil na CBTKD, a FETESP adaptará pelos seguintes critérios para adequar e sanar as diferenças:

1. Critério de desempate dos Campeões e Vice-Campeões 2010 será o Resultado (pontuação) obtido na 5ª etapa;
2. Os vencedores do Super Paulistão (adulto) participarão Campeonato Brasileiro e Vices participarão da Copa do Brasil;
3. O Campeão Junior de 2009 vai disputar o Super Paulistão no Junior Maior ou Menor dependendo da sua idade;
4. Os vencedores do Super Paulistão (Junior Maior) participarão do Campeonato Brasileiro;
5. Os vencedores (Junior Menor) participarão da Copa do Brasil;
6. Os Campeões do Campeonato Paulista da categoria Infantil de 2010, participarão do Campeonato Brasileiro de 2010 na categoria Infantil Menor ou Maior conforme a sua idade;
7. As vagas (Infantil Menor ou Maior) serão preenchidas somente com os vice-campeões que disputaram as três etapas Campeonato Paulista 2010.



CRITÉRIOS PARA ORGANIZADORES DO EVENTO


* O organizador do evento terá prazo mínimo de 60 dias de antecedência, mediante as taxas pagas e contrato assinado entre as partes a serem confirmadas.
* O organizador deverá comunicar à FETESP no prazo máximo de 4 (quatro) dias úteis após o evento.Os resultados para efeito de tabulação no ranking deverão ser entregues com relatório, sob pena de multa contratual. O não cumprimento das cláusulas contratuais impossibilitará o Organizador/Academia de participar dos demais eventos promovidos pela FETESP enquanto as irregularidades não forem sanadas.
* O organizador deverá cumprir o prazo junto à FETESP, para dar igualdade de participação e organização a todos atletas.
* Chancelamento de competições do ano de 2011 junto à FETESP deverão ser feitos até 30 de outubro de 2010 ou no encerramento da elaboração do calendário 2011.



Pedimos maior atenção dos atletas, técnicos, mestres e organizadores do evento.


Atenciosamente:

Mestre Fabiano Morciani
Diretor Técnico

Mestre Jose ADAUTO da Silva
Diretor Administrativo

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Curso de Atualização Profissional em Biomecânica da Musculação

Curso de Atualização Profissional em Biomecânica da Musculação

Data: 05 de JUNHO DE 2010

Horário: Das 08hs às 18hs

Local: LL-Eventos - Av. Brigadeiro Luis Antônio, 3.175 - Jd. Paulista - São Paulo - SP

Objetivo: Este curso objetiva a análise das ações musculares e escolha dos exercícios; análise de sobrecargas articulares e sua influência na montagem do treino, e aplicação dos conhecimentos na melhora do treinamento.

Investimento: 25/04/2010 à 30/05/2010: R$ 120,00 à vista ;
No dia do curso: R$ 200,00 à vista (caso ainda haja vaga);
Apostila Didática (CD-Rom) + Certificado + Brinde)

Preços Especiais para alunos UNIBAN, e grupos de 5 ou mais profissionais.
Maiores informações: contato@byfitnessbrasil.com.br

Ficha de Inscrição: Solicitar via e-mail: contato@byfitnessbrasil.com.br

Palestrante:
Prof. Ms. Sandro Barone
Bacharel em Educação Física - EEFEUSP
Mestre em Biomecânica do Movimento - EEFEUSP
Docente em cursos de Graduação (UNIBAN) e Pós-Graduação (UGF, CEAFI, UNIBAN)
Conteúdo Programático

Análise das ações musculares, pautadas em estudos científicos;
Escolha acertada dos exercícios, baseando-se nas ações musculares;
Estruturação e rendimento do treinamento, levando-se em conta os melhores exercícios a serem utilizados;
Análise da sobrecarga articular, em exercícios de musculação;
Prescrição de exercícios na recuperação de lesões articulares.

Acesse nosso site: www.byfitnessbrasil.com.br

quarta-feira, 19 de maio de 2010

3º Corinthians Open de Taekwondo

3º Corinthians Open de Taekwondo

Este campeonato é Seletiva para Formação de Equipe Corinthians de Faixas Pretas.

Data: 30/05/2010 Domingo das 08h as 19h.
Local: Ginasio Sport Club Corinthians Paulista.
Rua: São Jorge, nº 777, Tatuapé (15 minutos do Metrô Carrão) - SP.

Kuk Ki Won (Pesquisa)

The WORLD TAEKWONDO FEDERATION

A Federação Mundial de Taekwondo (W.T.F.) tem seu Quartel General - a Kukkiwon, em Yuksamdong, Kangnamku, Seoul, Korea desde a sua fundação em 28 de maio de 1973. Sua inauguração contou com a participação de representantes de 19 países.

Como uma Federação Internacional reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional a WTF tem mais de 157 países membros divididos em 4 regionais (europeu, panamericano, africano e asiático).

O Taekwondo WTF foi incluído no programa das Olimpíadas de Sydney 2000 na ocasião da Sessão do Comitê Olímpico Internacional realizada em Paris, em setembro de 1994.

De acordo com o artigo 1 das Regras e Regulamentos da WTF, o Taekwondo é considerado o símbolo nacional da Korea. A WTF trabalha para manter a nobreza do Taekwondo e para difundir este esporte pelo mundo de modo correto. Suas competições buscam alcançar três ideais esportivos: "Velocidade, Força e Precisão" . Por outro lado, seguindo a filosofia do Taekwondo, o desenvolvimento técnico e a promoção de testes para Faixas Pretas são realizadas pela Kukkiwon, a meca da meca do Taekwondo no mundo.

A WTF organiza Campeonatos Mundiais masculino, feminino e juvenil a cada dois anos e promove a formação de árbitros internacionais através de seus seminários. Entre os outros grandes jogos mundiais, o Taekwondo aparece como esporte oficial nos Jogos Asiáticos, Campeonatos Universitários Mundiais, Campeonato Mundial Militar e Copa do Mundo.

A WTF é composta por um conselho executivo constituído pelo Presidente, 5 Vices presidentes, Secretário Geral, Tesoureiro, 15 membros e 4 ex-membros de 4 uniões regionais. Controla 11 sub-comitês, incluindo um Comitê Técnico, um de Competição e um de Arbitragem.

O emblema da WTF simboliza os 5 oceanos e 6 continentes, sendo um símbolo protegido e tem seu uso ilegal quando não feito pela própria Kukkiwon. O Quartel General da WTF tem sede permanente em Seoul/Korea conforme estipulado nas Regras e Regulamentos da WTF, e as línguas oficiais são inglês, francês, alemão, espanhol e coreano.

A WTF une todos os seus esforços para difundir o conhecimento técnico para todos os países membros bem como para manter seu status de Esporte Olímpico após os Jogos Olímpicos de Sydney.

Taekwondo foi incluído no Europeu Master 2011 e nos Jogos Mundiais Master 2013

Taekwondo foi incluído no Europeu Master 2011 e nos Jogos Mundiais Master 2013

Taekwondo foi incluído no programa oficial do 2011 European Masters Games e 2013 World Masters Games.

"Estamos felizes em anunciar que o taekwondo foi incluído no programa oficial dos World Masters Games a partir do 2013 e no 2011 European Masters Games", disse o Sr. Jens V. Holm, CEO do International Masters Games Association (IMGA).

O Presidente da WTF, Dr. Chungwon Choue, espera ainda que a inclusão do taekwondo incentive ainda mais a promoção e desenvolvimento do taekwondo, principalmente do Poomsae, cita ainda a inclusão da competição do Poomsae na Universiade 2017 e nos Jogos do Mediterrâneo em 2013.

Na categoria Master dos Jogos Mundiais, os competidores devem ter idade mínima de 41 anos.

domingo, 16 de maio de 2010

Festival Mauaense de Taekwondo

Hoje teve o Festival Mauaense de TKD.
Marina, como sempre, foi o destaque em sua categoria.

Veja algumas fotos abaixo:







sexta-feira, 14 de maio de 2010

Teste seu Q.I

Muito interessante esse joguinho.

http://www.testesdeqi.com.br/jogo/sinestesia/

domingo, 9 de maio de 2010

Regras para Competição Infantil

Autor: Marcus Rezende

Regras para Competição Infantil

Não vejo por que fazer um regulamento cheio de detalhes que em última análise não modifica em nada o cerne da questão. As regras de competição para crianças e pré-adolescentes não podem passar pela violência dos chutes. Isso precisa ser ponto pacífico. É preciso ter coragem para respeitar o que está no Estatuto da Infância e do Adolescente.

Art. 5° - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

Art. 17 - O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Art. 18 - É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.


Não é preciso ir mais longe no ECA. No respeito aos três artigos acima, de cara, as regras para competições de luta para praticantes até 13 anos, 11 meses e 29 dias, não podem contemplar negligência, violência e crueldade. Uma criança chutando com toda a força em um protetor de tronco ou mesmo as pernas, socando o protetor ou os braços, clavículas é um ato de violência (isso é claro). Deixar que crianças e adolescentes passem por essa situação, além de permitir que técnicos façam com que fiquem sem comer para passar na pesagem, é negligência. Deixar que uma criança com menos técnica que a outra passe por uma derrota acachapante esperando que os minutos passem e a luta termine, pois o técnico não vai jogar a toalha, tampouco o árbitro vai interromper a luta, é crueldade.

Todos sabemos que em todos os campeonatos de crianças de 6 a 13 anos, o exposto acima ocorre. E nada se faz.

Somente preservando o art.15 é que se pode não violar os artigos 17 e 18 do ECA.
Portanto, se a CBTKD não quer desrespeitar a LEI, deve esquecer tudo o que foi feito com praticantes dessas faixas etárias ao longo de todos esses anos de competições de categoria infantil e mirim.

A proposta para as regras de competição já foram feitas em 2002 e aplicadas em 2003 no Open Cidade Maravilhosa daquele ano.

Vou me ater ao que acho mais importante. Detalhes quanto a forma de arbitragem e tamanho da área de competição, pode ser regulamentado com mais calma. É algo que não vai causar nenhum impacto ao que exponho a seguir.

Primeiros pontos.

A competição para praticantes até os 13 anos, 11 meses e 29 dias só poderá contemplar o toque leve e técnico. Toda a movimentação de luta olímpica continua, as técnicas velozes também. O praticante terá que zelar pelo cuidado de não acertar o oponente com força. Isso é o que ele mais faz na academia. O praticante que chutar mais forte receberá uma penalização de um ponto. Muitos podem achar que o praticante com 13 anos já está pronto para a luta mais forte. Se assim fosse, a WTF contemplaria essa categoria de peso. O início do contato forte em competições, somente aos 14 anos.

Não haverá divisão de pesos. Crianças nessa idade não podem nem pensar em perder peso para ficar em alguma categoria. E todos sabemos que isso ocorre. Portanto, a divisão seria por gub e idade. A idéia (que pode até ser modificada, pois acaba não importando muito) grosso modo seria: 8º Gub / 6º a 5º Gub / 4º a 3º Gub / 2º a 1º GUB. Faixas pretas seguiriam o mesmo parâmetro.

Consideração 1: Dificilmente haverá WO. No caso de crianças com idade de 6 a 8, ou mesmo abaixo de 10 anos.

Consideração 2 a competição seria a mesma, mas todos os competidores receberiam medalha de ouro.

Consideração 3: fim das filas intermináveis de crianças para a pesagem.


Buscando evitar o constrangimento de uma derrota acachapante no placar (art. 18 não exposição da criança ao tratamento vexatório e constrangedor), o placar eletrônico seria retirado, não importando se o resultado foi de 1x0 ou 10 x 0. Os oponentes não vão saber. A marcação ficará na mesa de controle, para eventual recurso.

A marcação por dois ou três juizes laterais será feita em papeletas e entregues ao árbitro central. A marcação é a mesma que ele já conhece. No momento da entrega das papeletas é importante se pensar na celeridade dessa movimentação, para que não se perca a velocidade na divulgação do resultado que se tem com o placar eletrônico.

O árbitro central é a figura mais importante para o sucesso da competição. É o grande responsável pela integridade física dos competidores. Ele é o mediador e precisa ter pulso firme para conter qualquer ato de violência.
Uma competição nos moldes sobreditos, seria também um respeito a própria WTF, pois a entidade internacional não se utiliza de categorias de peso para quem tem menos de 14 anos. E a CBTKD trabalha no campo desportivo no mesmo diapasão da Federação Mundial.

Seguindo os parâmetros acima, criar a formatação de detalhes quanto a sorteio, pesagem, tamanho da área de luta, duração do combate e disposições gerais, seria trabalho de segundo momento, para uma comissão que envolvesse a Diretoria Técnica da entidade.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Taekwondo: Tempo de Reação, Flexibilidade e Velocidade Acíclica de Membros Inferiores

Autores do Artigo Cientifico:

Alexandro Andrade
Docente do Programa de Mestrado em Ciências do Movimento Humano;
Chefe do Departamento do Curso de Fisioterapia; Coordenador do Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício - LAPE - CEFID/UDESC.

Alexandre Pereira Belmonte
Professor de Educação Física, formado pelo Centro de Educação Física, Fisioterapia e Desportos - CEFID/UDESC.

Maick da Silveira Viana
Acadêmico do curso de Educação Física do Centro de Educação Física, Fisioterapia e Desportos - CEFID/UDESC;
Bolsista (CNPQ) do Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício - LAPE - CEFID/UDESC.


Taekwondo
Tempo de Reação, Flexibilidade e Velocidade Acíclica de Membros Inferiores

Introdução


As raízes históricas do estudo do tempo de reação (TR) podem ser traçadas após um incidente do observatório de Greenwich, ocorrido em 1975, a partir do qual começou a ser afastada a convicção de que o tempo de latência de uma resposta era nulo. Neste incidente, o astrônomo real Maskelyne, ao observar que os tempos registrados por seus assistentes para o momento exato em que uma constelação era vista eram mais lentos do que os seus próprios, demitiu um de seus assistentes por negligência. Após a injustiça surgiram outras discrepâncias entre as observações temporais de outros astrônomos, e percebeu-se que existem diferenças na rapidez de resposta a um sinal (RODRIGUES et al, 1984).

Define-se o TR como sendo o lapso temporal entre o início da apresentação de um estímulo esterno e o início de uma resposta motora (CARVALHO, 1988; COHEN, 2001; MAGILL, 2000).

Para Zakharov (1992), as capacidades de velocidade estão manifestadas na possibilidade de o atleta, no menor tempo possível, executar ações motoras, sendo que um dos componentes principais da capacidade de velocidade é a rapidez, que se manifesta em duas formas principais: rapidez de ação motora e rapidez de movimento.

Zaciorsky apud Carvalho (1981) divide o TR em cinco fases: aparição do estímulo no receptor; transmissão do impulso até o sistema nervoso central; processamento do impulso na rede nervosa e formação de um impulso efetor; entrada do impulso efetor no músculo; e estimulação do músculo originando uma atividade muscular.

Dentro da prática das artes marciais, o trabalho de aprimoramento do TR entre os praticantes é de extrema importância. Torna-se ainda mais acentuado se essa arte marcial tiver uma significante parcela de suas técnicas de competição e de defesa pessoal realizada com movimentos dos segmentos corporais inferiores.

Define-se flexibilidade como a capacidade de realizar os movimentos raticulares com apropriada amplitude de movimento, e esta se refere à elasticidade ou à descontração muscular do corpo ou de articulações específicas, envolvendo as inter-articulações ósseas, musculares, fasciculares, tendinosas, ligamentosas e do tecido adiposo, além de cápsulas ligadas ao bom desenvolvimento das articulações (BARBANTI, 1994; FERNADES, 1981; POLLOCK, 1993). Para Fox (1991), a flexibilidade é classificada em estática, que é a amplitude de um movimento ao redor de uma articulação, e dinâmica, que é a oposição ou resistência de uma articulação ao movimento, sendo este tipo de flexibilidade a mais difícil de medir.

O desenvolvimento da flexibilidade, conforme Fernandes et al. (2002), apresentam os seguintes resultados: facilita o aperfeiçoamento nas técnicas do desporto de treinamento, e a sua falta prejudica a técnica e o treinamento; condiciona para uma melhora na agilidade, velocidade e força; previne contra acidentes desportivos (lesões, contusões e outros); aumenta a capacidade mecânica dos músculos e articulações e permitindo um aproveitamento mais econômico da energia durante o esforço. Mas caso a flexibilidade seja excessiva pode vir a comprometer a estabilidade articular, ocasionando lesões nos atletas

O bom nível de flexibilidade varia de acordo com a necessidade de cada indivíduo, logo, a boa flexibilidade é aquela que permite ao indivíduo realizar os movimentos articulares, dentro da amplitude necessária durante a execução de suas atividades diárias, sem que haja grandes esforços para que ela ocorra (BLANKE, 1997).

A idéia de verificar se o TR dos praticantes de Taekwondo é influenciado pelas capacidades físicas velocidade acíclica e flexibilidade de membros inferiores surgiu observando que os praticantes que reagiam em menor tempo a um ataque em situação de treino de defesa pessoal ou de competição, coincidentemente eram os que possuíam maior flexibilidade e velocidade de membros inferiores. Assim criou-se a hipótese de que existe correlação positiva entre grau de flexibilidade e velocidade acíclica dos membros inferiores com o TR de praticantes de Taekwondo.

Poucas pesquisas são encontradas, relacionando essas variáveis, dentro das artes marciais. Pesquisas como essa devem ser feitas para permitir aos instrutores embasamento científico, melhorando assim a performance dos atletas, além de aperfeiçoar o potencial do atleta.

Desta forma, é propósito deste estudo verificar a correlação entre a flexibilidade e velocidade dos membros inferiores, e o TR em praticantes de Taekwondo.
Método

Esta é uma pesquisa descritiva de campo (RUDIO, 1986), na qual foi verificada a correlação entre o TR, a flexibilidade e a velocidade de membros inferiores em praticantes de Tae Kwon Do.

Os dados foram coletados em um grupo de 15 praticantes de Tae Kwon Do divididos em dois grupos: o primeiro foi composto por 7 praticantes com idade variando de 10 a 16 anos, e o segundo por 8 praticantes com idades variando entre 21 e 42 anos. Essa divisão deve-se ao fato de que com o passar dos anos o homem tende a perder flexibilidade e elasticidade (WERLANG, 1997).

Foram usados como instrumentos: Flexiteste Adaptado; Teste de velocidade Acíclica de Membros Inferiores; e Teste de TR.

Dentro do Flexiteste as medidas são avaliadas de acordo com uma escala de pontuação que vai de 0 a 4, muito pequena, pequena, média, grande e muito grande, respectivamente. O número se dá de acordo com a comparação feita pelo pesquisador entre as figuras do Flexiteste e a flexibilidade apresentada. Com o somatório dos oito movimentos isolados determina-se o índice de flexibilidade, e este será avaliado com o flexíndice adaptado por Ferinatti e Monteiro (1992): menor ou igual a 8 (muito fraca), de 9 a 12 (pequena), 13 a 16 (média -), 17 a 20 (média +), 21 a 29 (grande), e maior ou igual a 25 (muito grande).

Dois avaliadores participaram da coleta dos dados do flexiteste. O teste foi aplicado no local normal de treino dos praticantes, e estes foram orientados a não exercerem atividades físicas extenuantes nas ultimas 3 horas anteriores à aplicação do teste. Os movimentos avaliados foram: flexão e extensão, adução e abdução do quadril; flexão extensão do joelho; flexão dorsal e plantar do tornozelo.

A velocidade acíclica de membros inferiores foi verificada utilizando-se de um instrumento composto de um cronômetro digital de precisão na ordem de milésimos de segundo e de duas almofadas de contato, uma para disparar o cronômetro e outra para travá-lo. O procedimento de aplicação deste teste foi o de executar 5 chutes e utilizar a média do tempo gasto para a realização de cada chute pra calcular a velocidade média acíclica dos membros inferiores. Os participantes foram orientados a não fazer atividades físicas extenuante nas ultimas 3 horas anteriores à aplicação do teste.

O movimento escolhido é básico para os praticantes de Tae Kwon Do, ele é denominado de Ap Tchagui; este movimento é comumente chamado de Chute Frontal.

Para a aplicação desse teste foram necessários dois avaliadores, um para uma operação de cronômetro e outro para medir a distancia do pé do avaliado até a projeção do centro da almofada de contato que trava o cronômetro e para anotar os resultados.

Para avaliar o TR dos praticantes de Tae Kwon Do foi utilizado um software para registrar: TR visual simples (Visualteste); TR auditivo simples (Sonoroteste); TR conjunto (Visual + Sonoroteste); TR incerto (Visual ou auditivo); e TR para a troca de cor da tela. Este programa é de propriedade do Laboratório de Psicologia do Esporte (LAPE), e seu nome é Tempo de Resposta de uma Ação Motora, desenvolvido em linguagens ActionScript, Macromedia Flash, Perl, Html, Javascript. O grau de precisão de sistema possui precisão de milésimo de segundo.

Os participantes receberam informações antecipadas sobre os procedimentos do teste, tendo o direito de escolher a mão com que iriam realizá-lo.

Os resultados foram analisados através de estatística descritiva (médias, desvios padrão apresentados em tabelas) e a correlação através do método de Pearson (THOMAS e NELSON, 2002).

Não foi realizado estudo piloto, tendo em vista que o Flexiteste Adaptado foi publicado por Farinatti e Monteiro (1992); e o instrumento para verificar o TR e o cronômetro utilizado para determinar a velocidade acíclica de membros inferiores foram validados (LAPE e Laboratório de Biomecânica da UDESC, respectivamente).
Resultados

O grupo 1 (n=7), com praticantes de 10 a 16 anos, obteve uma média de tempo de treinamento de 1,8 anos, com aproximadamente 4 horas e 30 minutos semanais de treino. O grupo 2 (n=8), com idades de 21 a 42 anos, obteve uma média de tempo de treinamento de 2,4 anos, tendo aproximadamente 4 horas de treino semanais.

Apresentamos na tabela 1 o TR médio (em milésimos), a velocidade acíclica média (em metros/segundo) e o índice de flexibilidade médio, juntamente com os seus respectivos desvios padrão, para os grupos 1 e 2.

Tabela 1. Tempo de reação médio (TR), velocidade acíclica média (V) e índice de flexibilidade (F), e os respectivos desvios padrão.


O grupo 2 apresentou o menor TR (203,80ms), conforme mostra a tabela 1, também no teste de velocidade acíclica de membros inferiores o grupo 2 apresentou melhores resultados (8,131m/s), representando uma diferença considerável em relação ao grupo 1, que apresentou 7,314m/s em média. Nos testes de flexibilidade o grupo 1 obteve melhor desempenho (22,14) que o grupo 2 (20,63). Nesse teste o grupo 1 teve resultado considerado grande, de 21 a 24, enquanto o grupo e foi considerado médio (+), de 17 a 21.

Tabela 2. Média dos tempos de reação (ms) e respectivos desvios padrão, conforme o estímulo.


Como foi exposto anteriormente, os testes de TR foram realizados com cinco variações, incluindo estímulos auditivos e visuais. Nesse teste os resultados apresentados pelo grupo 2 foram melhores do que o grupo 1, exceto quando o teste foi apenas auditivo.

Verifica-se que quando houve a alteração do estímulo, também houve alterações TR médio. Os menores valores de TR médio ocorreram quando o estímulo apresentado foi simples (estímulo auditivo e estímulo visual específico junto com o auditivo). Ao ser apresentado o estímulo complexo (apresentação aleatória do estímulo visual e do estímulo auditivo) ocorreu um ligeiro aumento nos valores dos tempos de reação.

Para o grupo 1 o teste de TR auditivo e visual auditivo apresentou os melhores resultados (181,0). Já o grupo 2 apresentou seu melhor resultado quando aplicado o teste visual auditivo (169,3).

O grupo 2 apresentou melhor TR para o teste de TR visual simples que o grupo 1(192,50 ± 23,59 e 214,14 ± 25,73 respectivamente), mostrando-se uma diferença considerável. Já os resultados do segundo teste visual, quando ocorre uma mudança na cor da tela do monitor, não apresentou uma diferença considerável entre os dois grupos (grupo 1= 201,0 ± 28,49; grupo 2= 199,00 ± 31,16).

Tabela 3. Coeficiente de correlação entre o tempo de reação médio (TR) x velocidade acíclica media (V), TR médio (TR) x índice de flexibilidade (F) e velocidade acíclica média (V) x índice de flexibilidade (F).

Na tabela 3 pode-se observar que o coeficiente de correlação entre o TR médio e a velocidade acíclica de membros inferiores (média) foi de -0,39 para o grupo 1 e para o grupo 2 de +0,07, para a correlação entre o TR médio e índice de flexibilidade foi de +0,35 e de -0,07 para o grupo 2, e finalmente a correlação entre velocidade acíclica de membros inferiores (média) e índice de flexibilidade foi de -0,23 para o grupo 1 e de -0,33 para o grupo 2.


Discussão dos Dados

Os grupos 1 e 2 apresentaram diferenças significativas em seus TRs, tendo o grupo com maior tempo de prática obtido um menor resultado. Os indivíduos do grupo 2 treinam em média há mais tempo que os avaliados do grupo 1, conseqüentemente estão há mais tempo realizando exercício e vivenciando situações em que o TR é fundamental para a execução de determinada técnica, seja em situação de estímulo simples ou complexo (ZACIORSKY apud CARVALHO, 1988; ZAKHAROV, 1992; KIDA et al., 2005; OISHI ET al., 2005). Conforme a literatura apesar da velocidade de reação de um individua ser predisposta geneticamente, é possível melhorá-la através do treinamento (GROSSER apud CARVALHO, 1988; SCHMIDT, 2001). Segundo Schmidt apud Greco (2001), essa melhora pode chegar à 15%.

Os menores valores de TR ocorreram quando os estímulos foram apresentados de forma simples e única (velocidade de reação simples ou básica), pois a tarefa dos avaliados era apenas identificar o único estímulo conhecido e respondê-lo o mais rápido possível. Todavia, quando os estímulos foram apresentados de forma aleatória (velocidade de reação complexa ou disjuntiva), os valores dos tempos de reação aumentaram, pois nesse momento os avaliados tinham mais de um estímulo para identificar, aumentando o tempo de processamento do impulso nervoso resultante da estimulação do receptor para formação do sinal de resposta (SHIMIDT e WRISBERG, 2001; ZAKHAROV, 1992).

No teste comparativo entre as médias, foi possível notar que o TR auditivo é menor que o TR visual. A literatura justifica isto pelo fato de que o período pré-motor do TR auditivo é menor (mais rápido) do que o período pré-motor do TR visual (MAGILL, 2000).

A velocidade acíclica media dos indivíduos do grupo 1 foi menor que o valor obtido pelos integrantes do grupo 2. Isto ocorreu devido ao fato de que a velocidade ser uma capacidade física considerável (GROSSER apud CARVALHO, 1998), e o seu desempenho é determinado pelos processos de obtenção e transformação de energia. Estes processos são passíveis de melhora através do treinamento. Como os indivíduos do grupo 2 treinam há mais tempo, conseqüentemente eles têm um desempenho melhor de velocidade. Mas isso por si só não explica, pois é sabido que os indivíduos do grupo 2, por terem maior tempo de treinamento, possuem melhor técnica que os indivíduos do grupo 1, possibilitando-os a direcionarem toda a sua atenção na velocidade de execução sem se preocuparem com os detalhes da técnica (ZACIORSKY apud CARVALHO, 1988).

Ao analisarmos a média dos índices de flexibilidade entre os dois grupos, vemos que o grupo 1 possui um índice melhor que o grupo 2.
Este resultado vai ao encontro descrito por Werlang (1997), no qual explica que o fator idade influencia a flexibilidade, diminuindo-a com passar dos anos.
Não houve correlações positivas significativas entre as variáveis velocidades, flexibilidade e TR.

Conclusão

O tempo de prática dos participantes teve correlação o TR, pois o grupo com maior tempo de prática do Tae Kwon Do obteve um menor TR.
Não há correlação positiva significante entre o TR, a velocidade de membros inferiores e a flexibilidade de praticantes de Tae Kwon Do.

Referências Bibliográficas

• ANDRADE, A; JARDIM, L. J. L. Tempo de Resposta de uma Ação Motora (software sem patente). Florianópolis 2003.
• ARCHOR, Abdallan Jr. Efeitos do alongamento na aptidão física de crianças e adolescentes. Revista da Associação dos Professores de Educação Física de Londrina. v. 10, n. 17, pp. 36-45, 1995.
• BARBANTI, V. J. Dicionário da Educação Física e do Esporte. São Paulo: Ed. Manole, 1994.
• BARBETTA, P. A. Estatística Aplicada as Ciências Sociais. Florianópolis: Ed da UFSC, 1994.
• BLANKE, D. Segredos em Medicina Desportiva. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.
• CARVALHO, A. Capacidades motora III: A Velocidade. Revista Treino Desportivo. n. 7, p. 43, 1988.
• COHEN, H. Neurociências para fisioterapeutas. 2ª ed. São Paulo, Manole, 2001.
• FARINATTI, P. de T. e MONTEIRO, W. D. Fisiologia e Avaliação Funcional. Rio de Janeiro: Ed. Sprint, 1992.
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• FOX, E. e Outros. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportes. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1991.
• GRECO, P.J. Iniciação Esportiva Universal: da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001
• KIDA, N; ODA, S; MATSUMURA, M. Intensive baseball practice improves the Go/Nogo reaction time, but not the simple reaction time. Brain Res Cogn Brain Res. Fev;22(2):p.p. 257-64, 2005
• MAGILL, R. A. Aprendizagem Motora: Conceitos e Aplicações. 5ª ed. São Paulo: Edgar Blücher, 2000.
• OISHI, K; TOMA, K; BAGARINAO, E. T; MATSUO, K; NAKAI T; CHIHARA, K; FUKUYAMA, K. Activation of the precuneus is related to reduced reaction time in serial reaction time tasks. Neuroscience Research. Mai:52 (1): p.p. 37-45, 2005.
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• RODRIGUES, M. G. O Aquecimento em Treino Desportivo. Revista Treino Desportivo. v. 4, p. 19, 1987.
• RODRIGUES, M. I. K. Construção de Uma Bateria de Testes Para Predizer a Performance de Ginastas em Ginástica Rítmica. Revista Kinesis. v. 2, p. 217, 1987.
• RODRIGUES, S. C. P. e RODRIGUES, I. K. Biomecânica: Analisa das Prováveis Relações Entre O Comprimento Segmentar Inferior, Tempo de Movimento, Tempo de Treinamento, Idade e Faixas no Karatê. Revista Kinesis. v. 1, p. 83, 1985.
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• RUDIO, F. V. Introdução ao Projeto de Pesquisa Científica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1986.
• SCHMIDT, R. A; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora, 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
• TOMAS, J. R; NELSON, J. K. Métodos de pesquisa em atividade física, 3ª ed. Porto Alegre: Artimed, 2002
• TUBINO, G. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo. 3ª ed. São Paulo: Ibrasa, 1984.
• WERLANG, C. Flexibilidade e sua Relação com o Exercício Físico. Exercícios em Situações Especiais I. Florianópolis, Ed. UFSC, 1997.

sábado, 1 de maio de 2010

II Fórum Paulista de Artes Marciais

2º Fórum Paulista de Artes Marciais.
Lutas e Artes Marciais: Dimensões Didáticas e Pedagógicas

Data: 4 de maio de 2010, das 9h às 18h

Local: Auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa

Informações: (11) 3886 6440 / 6071

Inscrições: esportes@ptalesp.org.br

PROGRAMA

OBJETIVO: Promover uma interlocução crítica entre profissionais dos campos da Educação Física, do Esporte e das Artes Marciais, acerca das demandas didáticas e pedagógicas inerentes ao processo ensino-aprendizagem provenientes do contexto das lutas e modalidades esportivas de combate.

JUSTIFICATIVAS: Os programas de lutas, artes marciais e modalidades esportivas de combates crescem exponencialmente na sociedade contemporânea, sobretudo, em esferas sociais como na educação formal, políticas públicas de esporte, lazer e cultura. Assim sendo, se torna indispensável o debate sobre a dimensão didática e pedagógica dessas práticas, tendo em vista as implicações que essas mesmas produzem sobre o desenvolvimento dos cidadãos e cidadãs em geral nos mais diversos períodos do desenvolvimento humano, ou seja, na infância, na adolescência, na fase adulta e na velhice.

PÚBLICO ALVO: Profissionais e estudantes das áreas de Educação Física e do Esporte; técnicos, atletas, dirigentes e mestres das diferentes modalidades e estilos de lutas, artes marciais e modalidades esportivas de combate; parlamentares e assessores da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

PROGRAMAÇÃO:

Abertura (9h30)
Prof Dr Walter Roberto Correia (Escola de Educação Física e Esporte da USP)

Conferência de abertura (10h00)
Artes Marciais e o processo ensino-aprendizagem.

Prof Dr Daniel Carreira Filho
(Reitor da UnicSul - módulo Caraguatatuba)

Palestra (11h00)
Artes Marciais: Repensando a questão da instrução, da docência e da maestria

Mestre Lea Imamura (Moy Yat Ving Tsun Martial Intelligence)

Palestra (12h00)
Artes Marciais na Juventude: Relações entre crescimento, desenvolvimento e desempenho motor

Prof Mestre Arnaldo Mortatti (Docente da Universidade Cruzeiro do Sul e doutorando pela Universidade de Campinas)

Almoço (13h00 - 14h00)

Palestra (14h00)
Organização e planejamento de sessões de treinos em lutas, artes marciais e modalidades esportivas de combate

Prof Dr Emerson Franchini
(Livre Docente da Escola de Educação Física e Esporte da USP)

Palestra (15h00)
Lutas e artes Marciais: monitoramento do estresse ao treinamento

Prof Dr Alexandre Moreira
(Docente do Departamento de Esporte da Escola de educação Física e Esporte da USP)

Palestra (16h00)
Artes Marciais e Inclusão Social: limites e possibilidades

Convidado: Prof Dr Roberto Gimenez (coordenador do curso de Educação Física da Universidade Cidade de São Paulo - Unicid)

Encerramento (17h00)

Material de divulgação e certificados
Colaboração: AL/SP

Participação institucional

Comissão de Esporte da Assembléia legislativa do Estado de São Paulo.
Escola de Educação Física e Esporte da USP.
Grupo de Estudos em Lutas, Artes Marciais e Modalidades Esportivas de Combate
EEFEUSP.

Coordenação.
Walter Roberto Correia.
Walter Silva

Autor do Projeto
Walter Roberto Correia.

Realização:
Comissão de Esporte da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ABC da recuperação

ABC da recuperação

FONTE: REVISTA TÊNIS


Entenda a importância de dedicar tempo à recuperação após treinos, jogos e lesões e, assim, melhorar seu desempenho

Por Ricardo Takahashi

POR QUE se discute tanto a questão do calendário? Qual a relação entre quantidade de torneios e a incidência de lesões? Tão importante quanto a definição do calendário anual e o planejamento de seus treinos, a recuperação é fundamental no mecanismo de adaptação do organismo às sobrecargas e na melhora do desempenho e rendimento esportivo. Os avanços científicos e tecnológicos têm papel importante nas mudanças do estilo do jogo de tênis. Novos métodos de avaliação e treinamento contribuem para o melhor desempenho físico dos atletas, que buscam incansavelmente mais força, resistência, potência e velocidade em seus movimentos.
Entretanto, pouco se discute sobre a importância da recuperação como parte do planejamento diário, semanal e mesmo anual. Na maioria das vezes, as orientações limitam-se às horas de sono, ao período de descanso semanal (day off) e às férias. O processo de recuperação é multifatorial: aspectos nutricionais, psicológicos, mentais e emocionais são exemplos de tópicos que devem ser considerados na recuperação do tenista após treino, jogos ou lesões. A recuperação pode ser definida como o processo de retorno às condições de base para suportar uma nova carga de esforço, seja físico, seja mental.

FATORES INTERNOS E EXTERNOS

O tipo de piso, estilo do jogador e o ambiente também são fatores que interferem na percepção da fadiga e na escolha da técnica de recuperação. Um jogo prolongado em um dia de calor intenso pode levar à desidratação e hipertermia. Nessas condições, o volume sanguíneo torna-se menor, a sobrecarga do sistema nervoso acentua-se resultando em fadiga precoce, perda de força, velocidade, agilidade e coordenação, além da necessidade de maior tempo de recuperação. Alguns fatores que influenciam a recuperação do jogador são conhecidos:

- fatores internos: condicionamento físico, condições nutricionais e hidratação;
- fatores externos: intensidade e tempo de jogo ou treino, condições ambientais, tipos de piso, equipamentos utilizados.


A) CONDICIONAMENTO FÍSICO:
Um dos pontos mais frequentemente observados são os casos de dor muscular após um treino intenso, jogo prolongado ou durante a fase de correção do gesto esportivo. A ocorrência de dor muscular nesses casos é esperada e, portanto, intervenções de recuperação devem fazer parte do programa do jogador.

A recuperação pode ser definida como o processo de retorno às condições de base para suportar uma nova carga de esforço, seja físico, seja mental.

As lesões ocorrem mais comumente na fase de treino de potência muscular, quando os músculos são exigidos ao extremo, resultando em microlesões e, em longo prazo, em adaptação gradual do corpo àquele nível de trabalho. Logo, os exercícios envolvidos para o desenvolvimento dessa qualidade física não devem ser realizados diariamente, muito menos sem o preparo prévio, ou seja, sem as condições adequadas de força e resistência muscular, bem como o domínio sobre a técnica do movimento. Recomenda-se um intervalo de 48 a 72 horas entre as sessões de exercícios excêntricos para evitar a ocorrência de lesões.

B) ASPECTOS NUTRICIONAIS:
A reserva de glicogênio muscular para a produção de energia é a base para o bom desempenho físico, pois é a principal fonte energética no metabolismo anaeróbico, predominante na prática do tênis. A falta de reserva é responsável pela sensação de fadiga, perda de desempenho e predisposição às lesões.
A avaliação nutricional auxilia na identificação de suas necessidades alimentares e nas alterações que ocorrem ao longo da temporada ou mesmo após um período de treino ou jogo. Às vésperas da competição ou treino mais intenso, aumente a proporção de carboidratos em seu cardápio. Estudos mostram que o melhor período para reposição de carboidratos são os 30 minutos seguintes à prática de atividade física.

C) HIDRATAÇÃO:
A desidratação afeta não somente a parte física – com sensação de fraqueza e desequilíbrio –, mas altera a capacidade de atenção e concentração e pode provocar dor de cabeça e tontura. A sede não é um bom parâmetro para indicar o grau de desidratação. Esse alerta do organismo para a reposição hídrica ocorre quando já aconteceu a perda de aproximadamente um litro e meio de líquido corporal. Assim, a hidratação deve começar até três horas antes da prática esportiva. A capacidade de reidratação durante o jogo não supera a velocidade de perda de líquidos. Dessa forma, os cuidados devem continuar mesmo após o final do esforço físico.

DURANTE A COMPETIÇÃO
Quando há mais de um jogo por dia, procure otimizar sua recuperação entre os jogos. Um banho frio de 10 minutos ajuda na recuperação muscular e tem efeito semelhante aos banhos de imersão. Uma série de alongamento global pode ser realizada com o objetivo de recuperar o comprimento das fibras musculares.
Cada exercício deve ser feito por 10 segundos. Os exercícios com elástico, com menor número de repetições, são realizados para reativar a musculatura. Os cuidados de hidratação e alimentação devem seguir as recomendações anteriores. Caso não haja tempo para uma refeição e tempo de digestão, a reposição de carboidratos pode ser feita com bebidas repositoras.

A PREVENÇÃO AUXILIAR A RECUPERAÇÃO
A atuação na prevenção de lesões também pode ser considerada como intervenção visando a boa recuperação do atleta uma vez que evita o uso inadequado do sistema músculo-esquelético. Dois pontos frequentemente abordados são a estabilização do core e da escápula.
A estabilização lombopélvica (core) tem sido mais divulgada e praticada nos últimos anos. O fortalecimento da musculatura que sustenta o peso corporal é de extrema importância quando se pensa em cadeia cinética. Este conceito refere-se à contração coordenada e sequencial de músculos para desenvolver determinado movimento. A cadeia cinética do saque, por exemplo, envolve desde a contração dos músculos da perna até os músculos do antebraço, passando pelos quadris, coluna, ombro e braço. O jogador que apresenta déficit de força dos músculos do quadril e tronco exigirá até 80% a mais do ombro para obter os mesmos resultados.
Os ombros do tenista tendem a ser assimétricos. A escápula do lado dominante tende a se afastar do tronco em função da exigência predominante dos músculos da porção anterior do ombro. Os músculos trapézio, serrátil anterior e rombóides são os que mais demonstram desgaste após um jogo. O trabalho regular de estabilização da escápula permite a recuperação precoce dos músculos que atuam sobre o ombro, bem como reduzem a ocorrência de lesões.
O treino de flexibilidade deve ser realizado pelo menos uma vez por semana. O tipo de contração muscular conhecido como excêntrica é o principal responsável pela perda gradual e adaptativa do movimento articular. Tenistas costumam apresentam menor grau de movimento das articulações do ombro, quadris e coluna. Essa característica contribui para a ocorrência de lesões por sobrecarga ou quando o movimento ocorre fora dos padrões como, por exemplo, modificação técnica de um golpe.
O músculo demora até três dias para voltar ao seu comprimento normal após uma contração excêntrica. Daí se percebe a importância da recuperação muscular com treinos específicos de flexibilidade.

Dicas
- Quanto mais novo, maior a necessidade de sono – durma de 7 a 10 horas por noite;
- Faça refeições no mesmo horário, pois também é um processo de adaptação corporal;
- Tire um dia de descanso semanal, quando se deve evitar qualquer atividade relacionada ao esporte, permitindo o descanso mental;
- Utilize técnicas como hidroterapia, massagem e acupuntura;
- Avalie e controle o nível de seu condicionamento físico, nutricional e hidratação;
- Avalie com antecedência as condições de viagem (instalações do local do torneio, clima, tipo de alimentação, infraestrutura);
- Busque suporte na equipe multiprofissional (médico, preparador físico, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, fisiologista).


TRABALHO MULTIDISCIPLINAR
O trabalho da equipe multidisciplinar é cada vez mais difundido e tem seu valor na integração das informações e planejamento global das atividades do tenista. Ajustes no calendário de competições e na intensidade, volume e frequência do treinamento são necessários conforme o comportamento do tenista frente aos desafios do dia-a-dia ou competição. O desequilíbrio entre a quantidade do esforço e qualidade de recuperação pode resultar na síndrome de “overtraining”, condição clínica pouco lembrada ou diagnosticada quando o atleta apresenta queda no seu rendimento. Para obter o melhor rendimento, não basta treinar muito. A recuperação adequada é fundamental para o desenvolvimento das qualidades físicas e mentais do tenista.

Colaborou com o artigo o médico Dr. Gilbert Bang

Treino na SEJEL - Ribeirão Pires

Hoje participamos do treinos de TKD na Sejel.
Um amplo espaço dedicado as artes marciais.
Confiram algumas fotos abaixo:





segunda-feira, 19 de abril de 2010

Atividade Física e Imunidade

por Dr. Gilbert S. Soo Bang

O sistema imune é o responsável pelas defesas do nosso organismo. Sabe-se que há interferência da atividade física sobre a qualidade da resposta imunológica, porém por mecanismos ainda não esclarecidos.

Sabe-se que há participação de hormônios como cortisol e catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) além de glutamina, por exemplo, alterando a quantidade e proporção das células de defesa.

Dezesseis atletas da seleção de Taiwan foram acompanhados desde um mês antes de determinada competição até o período pós-competição. Observou-se que o aumento da intensidade dos treinos ao longo do tempo até a competição bem como a redução de peso tinham relação com a queda da imunidade e aumento do índice de infecção das vias aéreas (como resfriado, gripe, amidalite, sinusite).

Alguns estudos mostram que o período de maior risco de se contrair uma infecção após exercício vai de seis horas até 72 horas após a sessão de treino.

Desta forma, pode-se sugerir que a intensidade do treino seja menor nos três dias que antecedem a competição diminuindo o risco de infecção. Não só por isso, mas também para permitir que o organismo recupere as reservas energéticas.

Estresse e sedentarismo contribuem para Lesão por Esforço Repetitivo ( LER ).

Profissionais que passam o dia repetindo movimentos estão expostos a considerável risco de sofrer LER (lesão por esforço repetitivo).

A repetição, porém, não é a única causa. O surgimento das lesões depende também da postura que a pessoa mantém no trabalho, dos intervalos periódicos que ela faz, da rotina de atividades físicas que ela pratica e até da disposição com que ela encara o desempenho da função.

"Quando a pessoa não gosta do trabalho que faz, pode ser que o corpo manifeste esse descontentamento, que a princípio é uma questão psíquica", conta o médico Ricardo Nahas, ortopedista do Hospital Estadual Ipiranga. Quem gosta da função que desempenha tem prazer em trabalhar e está menos sujeito a esse tipo de problema.
Mas, embora o estresse profissional possa acelerar as lesões, a repetição sem intervalos e a postura inadequada são os principais problemas.

"Quem passa o dia repetindo o mesmo exercício precisa fazer intervalos", recomenda Luis Fernando Machado, ortopedista do Hospital Edmundo Vasconcelos. "O ideal é que, a cada 50 minutos de trabalho, a pessoa descanse por outros dez." Já quem tem o hábito de fazer atividades físicas regularmente corre menos risco de sofrer lesões.

O tratamento da LER inclui fisioterapia e medicamentos, mas o essencial é combater as causas do problema, alertam os médicos.

Saiba mais sobre a doença

O que é LER??

É a sigla para lesões por esforços repetitivos, também conhecida como LTC (lesão por trauma cumulativo) ou Dort (distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho).

Trata-se de um problema de saúde que atinge principalmente os membros superiores e é causado pela prática de tarefas com movimentos repetitivos ou posturas inadequadas. Ataca músculos, nervos e tendões, provocando irritações e inflamação

O que mais dói:

Cabeça - 27%
Pescoço - 20%
Costas - 41%
Ombros - 22%
Braços - 19%
Punhos 15%
Dedos - 13%
Pernas - 33%
Pés - 18%


Classificação

As LER podem ser divididas por fases, conforme os sintomas específicos. Em 1984 surgiu uma classificação por estágios, de acordo com a execução do trabalho:

Estágio 1: Dor e cansaço nos membros superiores durante o turno de trabalho, com melhora nos fins de semana

Estágio 2: Dores constantes, sensação de cansaço persistente e distúrbio do sono. Incapacidade para certas funções simples

Estágio 3: Dor, fadiga e fraqueza persistentes. Distúrbios do sono e presença de sinais no exame físico.

Principais causas

Geralmente a LER é causada por movimentos repetitivos e contínuos. Esforço excessivo, má postura, estresse e más condições de trabalho contribuem para aparecimento das LER. Em casos extremos pode causar sérios danos aos tendões, dor e perda de movimentos.

Entre as principais causas estão:

- Ambiente de trabalho desconfortável
- Atividades que exigem força excessiva com as mãos
- Posturas incorretas
- Repetição de movimentos
- Atividades esportivas que exigem grande esforço dos membros superiores
- Compressão mecânica das estruturas dos membros superiores
- Ritmo intenso de trabalho
- Jornada de trabalho prolongada ou dupla jornada

Sintomas

Em geral, dores nas partes afetadas, semelhante à dor de reumatismo.
Há formigamentos e dores que dão a sensação de queimadura ou, às vezes, frio localizado.

Medidas de prevenção

- Em casa, ao acordar, não abra mão de se espreguiçar. Repita esse movimento de alongamento do corpo durante o dia. Além disso, procure fazer exercícios
- Mantenha os punhos retos ao digitar
- Certifique-se de que seus dedos estejam abaixo do nível dos punhos
- Não apóie a palma da mão no teclado
- Tenha um apoio para os pulsos
- Abaixe o seu teclado ou compre um mais ergonômico
- Não segure um objeto na mesma posição por muito tempo
- Descanse as mãos por alguns minutos a cada hora
- Levante objetos usando toda a mão ou com as duas mãos

Principais dúvidas

LER pode causar outras doenças?


Sim. As LER incluem diversas doenças, entre elas tenossinovite, tendinite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, bursite, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico e síndrome do pronador redondo, além de outras lesões osteoarticulares e até mesmo fraturas

Quem pode ter LER?

Principalmente, pessoas que executam movimentos repetidos por muito tempo. Entre os profissionais mais atingidos estão digitadores, publicitários, jornalistas, bancários e os que têm o computador como instrumento de trabalho

É contagioso?

Não, já que não é causada por vírus, fungos nem bactérias

É causada só pelo trabalho?

Não, também podem ser causada por exercícios físicos que exigem muito esforço e por postura incorreta

Se eu notar algum sintoma, o que devo fazer?

Procure um médico (ortopedista, reumatologista ou neurologista) para uma avaliação, pois só ele pode determinar se há LER e, em caso positivo, qual das doenças relacionadas se desenvolveu.
Também é recomendável interromper a atividade que pode ter causado o problema

Se uma pessoa trabalha com computadores, pode fazer algo para evitar a LER?

Sim. A melhor posição, nesse caso, é a que simula a postura de descanso, ou seja, com as mãos apoiadas sobre as pernas e o corpo levemente para trás.

O que fazer para diminuir os sintomas?

- Reveze tarefas para interromper a repetição dos movimentos
- Faça pausas de dez minutos a cada 50 minutos trabalhados
- Evite ultrapassar seis horas de trabalho de digitação por dia
- Procure manter as posturas corretas e evitar as erradas
- Levante e ande de vez em quando

Como se sentar na hora do trabalho?

- Sente-se com o quadril no fundo da cadeira, o tronco apoiado no encosto e pés apoiados no chão. Coloque o suporte para documento na frente do corpo. Evite trabalhar com o pescoço dobrado. Aproxime a cadeira da mesa e mantenha o tronco e o pescoço retos
- Não trabalhe com o punho dobrado nem com braços elevados
- Não deixe os punhos em desvio lateral

Dúvidas sobre Poomsae: Orgur, Momtong e Arê

Onde fica exatamente as regiões do corpo chamadas, orgur, momtong e aré?

Devido a modalidade de disputa KYORUGI ser a mais promovida, até então sem novidades, há uma confusão na hora da aplicação e execução das técnicas de POOMSAE.

Vejamos:

• No Kyorugi, momtong é a área entre o acrômio (ponta da escápula) e a crista ilíaca (linha superior da bacia), e orgur é toda região acima do colar cervical, ou seja, a base do pescoço incluindo a garganta, aré é a região abaixo da crista ilíaca.

• No Poomsae temos a diferença, enquanto nas regras do Kyorugi as regiões compreendem partes do corpo entre um ponto ao outro, no Poomsae o que chamamos de orgur, momtong e aré possuem pontos exatos, pontos estes fundamentais para a exatidão e precisão no momento da aplicação da técnica.
O ponto orgur é o ponto que fica no lábio superior e chamamos de INJUN, momtong é o ponto que fica no plexus solar e chamamos de MIONCHI, aré fica entre o umbigo e a região genital, chamamos DANJON.

Regiões do corpo para aplicação das técnicas do Taekwondo
[ Fonte: BANG ]

Dúvidas sobre Poomsae: Momtong Makki

A dúvida nesta edição é sobre o Momtong (An) Makki:

• Altura do punho;
• Ângulo do braço;
• Preparação.

Detalhes da técnica:

• No final do movimento observar se o punho e o pulso estão no centro do corpo;
• O braço dobra entre 90º e 120º;
• O punho do braço que bloqueia deve estar alinhado com o ombro;
• Não dobrar o pulso do punho que bloqueia;
• O punho do braço que bloqueia não deve ultrapassar a linha do ombro na preparação da aplicação da técnica.

domingo, 11 de abril de 2010

3° Etapa Paulista de Taekwondo 2010

Data: 18 de Abril de 2010.

Local: Bolão - Conjunto Poliesportivo Dr. Nicolino de Lucca
R.: Rodrigo Soares de Oliveira, s/n - Anhangabaú - Jundiaí – SP -
CEP 13208-120
Organização Academia K's Gym. Ms Lucas Rebello. (11) 9724-2885

Realização: Federação de Taekwondo do Estado de São Paulo
Rua Conselheiro Furtado, 1044 – Liberdade. CEP 01511-001 – São Paulo – SP
Telefax: (11) 3272-0275.
Site: www.fetesp.com.br
E-mail: secretaria@fetesp.com.br

Taekwondo WTF é muito mais do que Luta Esportiva

P-> O Taekwondo WTF é só um esporte de competição e seu sistema de ensino está apenas preocupado em desenvolver atletas voltados para a luta?

R-> Não.


Afirmar isso é um equívoco. Com absoluta certeza mais de 90% dos praticantes de Taekwondo Olímpico buscam uma atividade que dê prazer, melhore a saúde física e o equilíbrio emocional, aumente a autoconfiança e, em resumo, resulte numa qualidade de vida melhor para seu praticante.

Portanto, 10% ou menos das pessoas que praticam o Taekwondo, tem o desejo de se tornarem campeões nacionais, panamericanos ou olímpicos. Chegar a conquistar qualquer um destes títulos, inclusive estaduais, diante do elevado nível dos praticantes e do grande número de competidores, é um feito merecedor de glórias.

Quem tem o desejo legítimo de ser um grande campeão olímpico treinando Taekwondo, só poderá alcançá-lo se treinar WTF.

No Taekwondo WTF (olímpico) assim como em outras lutas marciais, são ensinadas técnicas e movimentos que dão aos praticantes maior resistência ao esforço, maior mobilidade e flexibilidade, mais concentração e segurança.

Isso é parte do programa de todas as lutas marciais como Caratê, Judô, Hapkido, Sipalki, Jiu-Jitsu, Aikido e outras. Logicamente cada uma delas tem suas características e todas são ótimas se treinadas adequadamente e com a supervisão de profissionais capacitados.

O que ensina nas aulas de Taekwondo WTF? Um conjunto de conhecimentos que podem ser divididos em cinco grandes grupos: Comportamento, Defesa Pessoal, Quebramento, Luta e Poomsae (movimentos de luta com um adversário imaginário).

No grupo comportamento que é o principal entre todos os demais, professores e mestres buscam fazer que seus alunos tenham atitudes positivas sempre e saibam se portar adequadamente em cada espaço de convívio social seja a família, a escola, o clube ou qualquer outro ambiente. Nesse aspecto frisam a importância da compreensão e do cumprimento das regras de convívio social e de que todos devemos procurar fazer sempre o melhor para nós e para aqueles que nos cercam. Quando fazemos isso, somos campeões.

Isso explica porque muitos pais procuram as lutas marciais para contribuírem na educação de seus filhos. Nas academias que leciono Taekwondo WTF, posso comprovar que, muitas vezes, conseguimos que uma criança e até um adolescente consiga notas melhores na escola ou um comportamento mais respeitoso para com os seus pais, depois de uma simples conversa com nossos alunos. Portanto deixamos claro que existem regras e limites e devemos saber como atendê-las.

O outro grupo importante de aprendizado dentro do Taekwondo WTF é o que desenvolve o lado real da defesa pessoal. Um praticante de Taekwondo é ensinado primeiro a evitar situação de risco ou conflito. Quando isso é inevitável deve ter a condição mínima de não ser agredido e, quando não houver outra saída, defender-se da melhor forma possível, imobilizando ou, se preciso, até se antecipando ao ataque do agressor.
Se muitos alunos entram nas academias de lutas marciais querendo aprender a bater e alguns tendo já um histórico de violência, notamos que os taekwondistas, assim como outros lutadores, são os que menos brigam e, normalmente, são citados como pessoas exemplares.

O Kiopa ou quebramento é utilizado como forma de testar na prática a técnica e a destreza do aluno. É fundamental para desenvolver precisão nos movimentos, força, equilíbrio emocional e melhorar a auto-estima do praticante. As crianças são as que mais gostam dessas aulas especiais de quebramento e as que mais participam das competições dessa categoria (Kiopa).

A luta (kiorugui) é a parte do Taekwondo WTF que mais chama atenção do público e da mídia. No Brasil isso se deve em muito a exposição de resultados conseguidos por atletas como Natália Falavigna, Diogo Silva, Hussein Tarabain entre muitos outros.

As regras de competição de luta de faixas pretas, juvenis ou adultos, permitem chutes no tronco e cabeça, além de socos no tronco. Os golpes precisam ser potentes e podem levar a um nocaute, fato que raramente ocorre devido ao uso de protetores adequados. É bem possível que depois de uma partida de futebol com 22 jogadores haja mais contundidos que depois de uma competição com duzentos lutadores de Taekwondo.

Os mestres dizem que na execução do Poomsae (chama-se kata no caratê) é possível verificar a qualidade técnica do taekwondista. No Poomsae são avaliados: movimentos, força, postura, harmonia etc. O interesse pelo treino dessas técnicas tem crescido de forma fantástica e um vencedor nessa categoria é tão importante quanto um ganhador numa competição de luta ou de quebramento (kiopa).

Portanto, ao praticar Taekwondo WTF, você pode optar por treinar mais luta, defesa pessoal ou aquilo que lhe interessar mais.