quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Como vencer a depressão e manter a pratica de exercícios físicos

Movimente-se! Pois sua vida pode depender disso; é o que sugerem numerosos estudos, que têm identificado o exercício como um fator chave na redução dos sintomas da depressão.

Uma pesquisa recente, por exemplo, descobriu que, em comparação à idade, raça, sexo, índice de massa corporal, colesterol, pressão arterial e diabetes, é o estilo de vida sedentário de uma pessoa deprimida que, sozinho, responde por aproximadamente 25% do risco de morte relacionada ao coração.

O maior problema é que, quando você está deprimido, a última coisa que você quer fazer é exercício. Dado o desespero, letargia, insegurança, esgotamento, desinteresse, e vergonha experimentados com a depressão, a sugestão de exercício parece adicionar insulto à injúria.

Saber que o exercício poderia ajudar, mas sentir-se incapaz de fazer atividades muitas vezes contribui para autorrecriminações e baixa autoestima em pessoas com depressão. Parece que quanto mais você vê os outros se exercitando, mais parece impossível que você o faça.

Dada a recente discussão dos prós e contras de medicamentos e tratamentos para a depressão, é importante que as pessoas tenham informações e opções alternativas em mãos. Parece também importante fazer qualquer coisa que possa funcionar para você.

Se você gostaria de se exercitar, mas acha impossível, aproveite algumas sugestões:

Não pense em “exercício”, pense em movimento com motivação

Não se compare com o vizinho que corre trinta quilômetros por dia. Comece com um plano simples de se mover, fazendo-o em seu tempo e ligado a algo que você ama. - Estacione e caminhe: se tem uma loja que você gosta de fazer compras, comece movimentando-se lentamente, parando seu carro um pouco mais longe da porta a cada dia. Você vai se surpreender.

:: Fale com um amigo - chame alguém para andar com você, nem que for um quarteirão. Mas permita-se parar e voltar atrás. Você está no comando.

:: Se apoie - há poder e motivação na companhia de outros, especialmente pessoas que têm uma agenda semelhante à sua. Se você não tem um vizinho com quem possa caminhar, que tal ir a pé até a casa de um amigo querido para conversar com ele?

:: Ouça um livro - passeie em torno do seu quintal, seu quarteirão ou em um lugar seguro para ouvir um áudio livro por 10 minutos. Apenas ouça o livro enquanto caminha, limpa a casa, etc.

:: Tenha outro motivo - um homem começou a caminhar em uma esteira enquanto assistia reprises de shows que ele amava; seu primeiro objetivo não era se exercitar.

:: Ouça música - a música tem um forte impacto sobre a estimulação cerebral. Se você ama certa música, coloque seus fones de ouvido e seu tênis. Comece a se mover; dance, passe aspirador, caminhe, ande de bicicleta. Escolha uma música agitada.

:: Visualize uma recompensa - ande toda manhã até a padaria. Pense o caminho todo no café e pãozinho que você pretende comprar.

Não se exercite por sua casa: ajude alguém que você ama

Muitas vezes saltamos de prédios em chamas por aqueles que amamos. Ajudar seus filhos, netos, sócios, animais de estimação, pode ser a motivação que faz do pensamento do exercício necessário e, portanto, possível.

Exemplo: uma jovem viúva com dois filhos em idade escolar era “arrastada” do sofá pelos pupilos até um parque nos primeiros meses após a morte de seu marido. Apesar de sua relutância e queixas, o passeio sempre valia a pena.

Também, uma análise recente de 73 estudos descobriu que a atividade física reduziu significativamente os sintomas de depressão, ansiedade, sofrimento psíquico, baixa autoestima e distúrbios emocionais em crianças e adolescentes na faixa etária de 3 a 17 anos.

Melhore o romance

Muitos casais descobrem que a única oportunidade de estar longe de todos, da interrupção das mídias sociais e do barulho do mundo é caminhando de manhã, após o jantar, etc. É uma maneira de ficarem juntos. Muitas vezes, um ou outro não vai querer ir. Assim, um pode estimular o outro e os dois sempre aproveitarão esse momento – e se exercitarão.

Recompense seu animal de estimação

Ninguém questiona os benefícios que os animais de estimação trazem. Um deles é que as pessoas que possuem animais de estimação tendem a ser mais saudáveis e menos deprimidas, e uma das razões para isso é levá-los para passear.

Quando estamos deprimidos, no entanto, mesmo isso pode parecer muita coisa. É muito mais fácil simplesmente abrir a porta e deixá-lo sair, mas a necessidade de companhia e o carinho que seu bichinho precisa pode ser algo que lhe torne disposto a empurrar-se para fazer. Se for assim, todos ganham.

Qualquer um que já sofreu de depressão conhece o medo de nunca se sentir melhor. Mesmo o menor passo que você der, no entanto, é um antídoto para esse grande desespero. Você merece o melhor, e deve tentar.


FONTE:
http://www.educacaofisica.com.br/noticias/como-vencer-a-depressao-e-manter-a-pratica-de-exercicios-fisicos

Recomendação de beber 2 litros de água por dia é falha, diz estudo

Deixe de lado a obrigação de beber oito copos de água por dia e a culpa que aparecer quando essa "missão" não for cumprida.

Segundo texto publicado ontem no "British Medical Journal", escrito pela médica Margaret McCartney, de Glasgow, na Escócia, o conselho de beber cerca de 2 litros de água por dia é "nonsense".

"Não há evidências científicas dos benefícios de beber quantidades grandes de água, mas o mito de que não bebemos água o suficiente tem vários defensores", diz.

Ela cita o site do National Health Institute (organização de saúde do Reino Unido), que recomenda ingerir de seis a oito copos de água por dia para evitar a desidratação, e organizações como a Hydration for Health, criada pela empresa Danone, fabricante de garrafas de água, que dão conselhos semelhantes.

Os únicos benefícios já provados da alta ingestão de água são dirigidos para pacientes que têm histórico de pedras nos rins, mas não há evidências suficientes de que o líquido possa impedir que elas apareçam em quem nunca teve o problema.

Fora isso, essa imposição corre o risco de ser até prejudicial porque pode causar deficiência de sódio no sangue e fazer as pessoas se sentirem culpadas por não beberem água o suficiente.

Daniel Rinaldi, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, afirma que a ingestão de água deve estar relacionada à sede, como um mecanismo de reposição de líquidos do corpo.

"Nosso organismo se autorregula. Não há mesmo evidências de que as pessoas precisam beber 2 litros de água diariamente."

As exceções valem para crianças e idosos, que podem não sentir sede.

Regiões muito secas ou épocas com calor excessivo também pedem mais líquidos. Mas o nefrologista afirma que a água não é a única fonte de hidratação do corpo.

"Muitos alimentos têm água e podem suprir essa necessidade", afirma.

Por Mariana Versolato

FONTE:
http://www.educacaofisica.com.br/noticias/recomendacao-de-beber-2-litros-de-agua-por-dia-e-falha-diz-estudo