terça-feira, 3 de maio de 2011

Pesquisa mostra que 86% dos brasileiros com acesso à internet pesquisam informações sobre saúde. Mas apenas 25% confere a fonte.

Pesquisa mostra que 86% dos brasileiros com acesso à internet pesquisam informações sobre saúde. Mas apenas 25% confere a fonte.

Quando a internet começou a se consolidar como uma alternativa para pesquisas e troca de informações, há mais de dez anos, o grande desafio era ampliar o acesso à rede.

Agora, com cerca de dois bilhões de usuários, o desafio é outro. O internauta precisa aprender a filtrar as informações que acessa e identificar o que realmente é confiável.

Isso é particularmente importante quando se trata de informações sobre saúde. “O internauta pode interpretar erroneamente seus sintomas, levando a uma corrida por exames e até tratamentos desnecessários. Ou o contrário, pode subestimar seu problema”, afirma Sneh Khemka, diretor médico da Bupa Internacional.

A instituição divulgou nesta terça-feira, dia 4, a pesquisa Bupa Health Pulse, realizada pela London School of Economics (LSE), na qual 12.262 pessoas de 12 países foram entrevistadas. O levantamento ouviu 1.005 brasileiros e constatou que 86% dos que tinham acesso à internet utilizam a rede para buscar orientações sobre saúde, remédios e suas condições médicas. No entanto, apenas 25% deles também verificam a fonte dos dados.

“É necessário conferir as fontes para atestar a qualidade do conteúdo. Nesse sentido, vale verificar quem é o autor ou organização responsável pelo website e checar quando as informações foram atualizadas pela última vez”, afirma David McDaid, pesquisador sênior da LSE.

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Bupa Health Pulse

O uso da internet

Os dados revelam ainda que 68% dos brasileiros buscam online informações sobre medicamentos, 45% procuram se informar sobre hospitais e 41% querem conhecer na internet experiências de outros pacientes com determinado problema de saúde.

Os resultados mostraram que a maioria (57%) dos brasileiros gostaria de poder renovar suas prescrições de tratamentos pela internet, enquanto 55% gostariam de usar a rede para marcar as consultas e 54% mostram interesse em acessar seus prontuários médicos ou resultados de testes online.

Atualmente, 23% marcam consultas, acessam seus prontuários médicos e resultados de testes pela internet.

Redes sociais

Entre os jovens, as redes sociais são muito utilizadas para compartilhar dúvidas sobre saúde. Cerca de 25% dos jovens com idade entre 18 e 34 anos usou redes como Facebook e MySpace para publicar comentários e perguntas sobre o tema. O número cai bastante conforme a idade aumenta.

Dicas

A rede mundial de computadores pode ser uma ferramenta útil no campo da saúde, se bem utilizada. Na hora de escolher o médico, por exemplo, ela pode auxiliar o paciente na consulta à lista do conselho federal ou regional de medicina. A internet pode inclusive ajudar a detalhar as diferenças entre psicólogos, psiquiatras e psicanalistas, assim é possível definir o que pode ser melhor para você.

A Buca International aponta quatro tópicos fundamentais para garantir a qualidade das informações sobre saúde pesquisadas na internet.
Pesquisa refinada – Seja o mais específico possível na hora da pesquisa, pois isso aumenta a chance de encontrar rápido aquilo que procura;

Busque a fonte – Por mais promissor que pareça o site, verifique sempre a fonte da informação. Procure por selos de qualidade, que atestam a confiabilidade de instituições independentes. Também leia a seção “A nosso respeito” dos sites, na qual deve constar quem é o responsável pelo site e quem são os autores das informações publicadas nele.

Informação pode ter validade – Verifique a data em que a informação foi publicada. Os constantes avanços da ciência podem desatualizar rapidamente uma informação sobre tratamentos ou medicações;
Fale com o médico - Por mais confiável que seja a informação encontrada, se você estiver com algum problema de saúde deve buscar a orientação do seu médico e não se automedicar.

Fonte: Portal IG

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